quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo



Reservas da Biosfera é uma figura reconhecida pelo Programa MAB (Man and Biosphere) no âmbito da Unesco. Estas figuras inovam e demonstram modelos de conservação e sustentabilidade. Estão sob jurisdição soberana de cada país e compartilham ideias e experiências regional, nacional e internacionalmente no âmbito da Rede Mundial das Reservas da Biosfera. Atualmente são reconhecidas 533 reservas da biosfera distribuidas em 107 países. (Unesco: MAB, 2009)



A Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo - RBCV-CSP, parte integrante da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, após uma campanha de 2 anos,  foi criada em 1994 a partir de um movimento popular que coletou 150.000 assinaturas. Hoje abrange 78 municípios das regiões metropolitana de São Paulo e Baixada Santista, além de abranger um ecossistema marinho, a lage de Santos. Estas áreas verdes deste cinturão, são responsáveis por todos os serviços ambientais que adquirimos e receptora de grande pressão negativa do crescimento urbano.

Sua área é de 23.111Km², onde habitam cerca de 23 milhões de pessoas - mais de 10% da população nacional numa área equivalente a 2 milésimos do território do país.
Na reserva existem mais de 6.000 =km² de florestas e outros ecossistemas de mata atlântica, uma das mais ricas e ameaçadas do planeta. Além de uma diversidade biológica espetacular, os ecossistemas da RBCV produzem inestimáveis serviços ambientais .
A criação da Reserva da Biosfera representa um avanço e uma oportunidade para a gestão integrada de suas cidades e seus ecossistemas, complementando as instâncias tradicionais de gestão territorial como as municipais, metropolitanas, de bacias hidrográficas e de áreas protegidas. (texto tirado do folder RBCV-CSP, edição 2009)

A RBCV-CSP é coordenada pelo Instituto Florestal da Secretaria de Meio Ambiente e as idéias de suas gestão partem de um Conselho de Gestão, composto por 17 membros governamentais e 17 membros Não-Governamentais. Uma instância executiva, o Bureau, contribui ao gerenciamento de recursos, a representatividade pública e organização de atividades e reuniões do Conselho e o encaminhamento de questões para deliberação no Conselho de Gestão.


O “Programa de Jovens – Meio Ambiente e Integração Social”, um programa que atualmente vem ganhando seu conhecimento no âmbito de setores públicos de municípios integrantes, do estado e ONGs, é um programa que visa formar e capacitar jovens de 15 a 21 anos de idade, habitantes de áreas protegidas e zonas periurbanas, para atuarem no “Ecomercado de trabalho”.

A formação acontece em NEE – Nucleos de Educação Ecoprofissional, com duração de 2 anos e acontecendo simultaneamente com o ensino formal.
As capacitações acontecem em 4 príncipais oficinas: Turismo Sustentável; Agroindustria Artesanal; Consumo, Lixo e Arte e, Produção e Manejo Agricola e Florestal Sustentável. Todas visando também a Formação Integral.

O Ecomercado tem sua demanda aumentando conforme a população vem procurando modelos de consumo e alimentação saudável, o que deve ter uma preocupação com o meio ambiente, bem-estar e desenvolvimento social.

Atualmente existem entorno de 16 NEEs em atividade, capacitando jovens e além disso em vários municípios existem jovens gerando sua própria renda no Turismo, na Agroindustria Artesanal, e Produção de mudas  florestais e hortaliças.

O programa tem um forte concorrente que é o mercado tradicional, muitos jovens tem pressão por parte familiar para que arrumem um emprego qualquer para contribuírem com a renda familiar. Mas caso o jovem tenha passado já por alguns módulos e não venha a concluir, ele sai diferente do que entrou, pois o programa o estimula a criticar o atual modelo de desenvolvimento socioeconômico, além de ter uma maior sensibilidade com o meio em que vivemos.


Espero que tenham entendido um pouco da importância dessa figura.
Para mais informações acessehttp://www.iflorestal.sp.gov.br/rbcv/index.asp

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